Pesquisas eleitorais feitas antes do pleito, em Salvador do Sul, indicavam diferentes resultados. Uma indicava a vitória de Marco Eckert, outra de Renato Chies. Ambos estavam dentro da margem de erro. E quem errou foram os institutos de pesquisa, pois a vitória de Eckert foi de quase 21%, uma das maiores já registradas em Salvador do Sul.
A festa começou muito antes de todos os votos serem contabilizados, pois a cada urna revelada, Marco só fazia aumentar a vantagem sendo inalcançável em poucos minutos de apuração. Os quase mil votos de diferença mostraram que o povo, em Salvador do Sul, confiou no projeto de Eckert e Haas, a tal ponto que apenas em uma urna o candidato Renato Chies vencesse.
Os discursos de Eckert e de Chies se assemelhavam pois ambos falavam em mudança, na busca de melhorar a gestão, assim, Marco Aurélio, de oposição nata, foi o grande vitorioso do pleito. As propostas de governo do candidato visavam redução de custos na gestão pública, inovação, apoio a empresas, enfim, uma repaginada na história local.
“Estou muito feliz pela confiança que em nós foi depositada”, destacou o prefeito eleito, dando a entender que a campanha serviu para que ele conhecesse melhor ao povo de Salvador do Sul, tendo visitado, ao menos, a maior parte das casas.
Em janeiro próximo, depois de 16 anos, o PMDB volta à prefeitura, tendo anseio de mudança, encontrando, uma casa organizada, todavia, com muitas contas antigas a serem pagas. Professor de matemática, Marco, deverá fazer contas e ver de onde virão os recursos para realizar projetos. Empresário, Haas, poderá ajudar muito neste trabalho por sua experiência no setor privado. “Não temos secretarias prometidas, apenas o compromisso com o nosso vice, Léo, de modo que ele assuma a Indústria e o Comércio, que é a sua área”, citou Marco Aurélio.
Questionado sobre a manutenção de trabalhos, Eckert, foi pontual ao afirmar que há várias iniciativas que serão mantidas, inclusive os contatos internacionais, com Dickenschied, que é a cidade-irmã de Salvador do Sul. “Não podemos abandonar o que foi iniciado e tem como frutificar”, destacou o prefeito eleito.
Uma das questões que Marco terá que lidar será no legislativo, pois ficou com a minoria na casa. Os vereadores, se conscientes, votarão pelo bem do município e não pensando em siglas. A maturidade política precisa chegar em Salvador do Sul, de modo que ofensas políticas, criadas e reavivadas nesta campanha, sejam minimizadas e os ranços fiquem no passado.