Com um jeep não há tempo ruim

Cultivar uma barba durante um ano ou mais. Para quê? Simples, para fazer a alegria da criança nos dias que antecedem o Natal. Seria tão mais simples alugar uma roupa, uma barba, enfim, haveria outras formas, mas não, ele, o personagem principal do Jeep Noel não iria ter a mesma magia. Em frente ao espelho, ajeitando os fios já esbranquiçados, o velho Noel aproveita os últimos momentos de sossego. Depois, sol, muito sol, tudo em nome da alegria alheia.

O trabalho realizado pelo Jipe Noel, em Salvador do Sul é meritório e passível de aplausos, afinal, não é uma mera distribuição de presentes. É a imortalização do sentido maior de doação de Natal. Indiferente do credo religioso, cristão ou não, o Natal é festejado nas comunidades, assim, ainda que sendo apenas comercial para alguns, os festejos de final de ano são para todos.

Claro, cabe lembrar que o Natal é a data de nascimento de Deus Menino, Jesus Cristo, que veio para salvar a humanidade e trouxe, a todos, o espírito de amor maior. O espírito de doação. E assim, doando-se, como Papai Noel ou como ajudante dele, todos os integrantes do Jipe Noel se doaram. Nas ruas, de São Pedro da Serra e Salvador do Sul, as crianças já acostumadas com o projeto que tem vários anos, aguardavam a caravana e, claro, balas, bombons e o carinho do Bom Velhinho.

A praça de Salvador do Sul, como de praxe, é houve o gran finale. Fotos, música, alegria, tudo de acordo com a expectativa inicial dos adultos. Mas as crianças, estas sempre tem expectativas maiores e ainda tem alguns dias para tê-las atendidas. O Papai Noel ainda tem muito trabalho, mas, está feliz. Muito feliz.

Como bom Noel, de espírito puro, irá seguir o seu ofício, durante um ano todo, junto com os seus amigos, mantendo o sonho das crianças e realizando anseios de adultos que, quando pequenos, não tiveram a mesma alegria. Se o Natal é de todos, todos devem a ele se integrar e vive-lo de coração. Se assim não for, será o fim do Natal.