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Bom Princípio

Festa em dose dupla: Doutor Ruy Fracasso e Hospital São Pedro Canísio festejam

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Não é por ter recebido o título honorário de cidadão bom-principiense que Ruy Jorge Fracasso se sente como um deles. Caxiense de nascimento e morador de Porto Alegre por alguns anos, mudou-se para a então vila de Bom Princípio em 1967 tendo toda a sua família – esposa e dois filhos – e a mudança em uma Kombi. Estava formado médico havia dois dias e, de pronto, assumiu um grande desafio: evitar que a casa de saúde local fechasse suas portas.
No sábado que passou, quando dos 86 anos de fundação do Hospital São Pedro Canísio, Ruy Jorge Fracasso poderia ser mais um dos convidados, mas não o foi. Era ele, sim, um dos homenageados na noite. Aos 79 anos de idade, dos quais meio século dedicado à medicina, Doutor Ruy, como é mais conhecido, viu toda a sua família reunida. Os seis filhos, dois dos quais são médicos assim como ele, estavam ali. Vindos de perto, como aqueles que moram em Bom Princípio, ou de longe, como a primogênita, que mora em São Paulo, os filhos, junto com a matriarca Helena, renderam homenagem ao bom pai.
Excelente com os instrumentos – quer sejam cirúrgicos ou musicais – Ruy Jorge Fracasso se viu em uma situação poucas vezes vivida. Cercado pela emoção, tal regente por uma orquestra, seria homenageado, não apenas pela sua família, mas pela comunidade de Bom Princípio em geral.
Também esteve na noite, com a devida homenagem por sua caminhada, Doutor Paulo Facchin. O médico que está em Bom Princípio há quase 40 anos, acabou se tornando, muitas vezes escudeiro do doutor Ruy Fracasso. Sem eles o hospital não teria sobrevivido.

Curta biografia
Deveríamos dedicar 500 páginas de um livro à história de Ruy Jorge Fracasso, mas, hoje, o espaço que se tem é reduzido. Ainda assim, arriscaremos contar, de modo resumido, a história deste grande homem.
Nascido e criado como único filho de uma família, deixou Caxias do Sul para estudar na Capital. Faria medicina. Sentia a vocação em suas veias. Eram outros tempos. Tudo era muito diferente, contudo, como nos dias de hoje, oportunidades não poderiam ser perdidas. Aproveitou cada momento e cada ensinamento na Santa Casa de Misericórdia em Porto Alegre, aprendendo, com mestres, a arte de ser médico. Passou a ser cirurgião. Tornou-se, por necessidade, anestesista. Absorveu conhecimentos, também, em exames clínicos e laboratoriais. Acabou virando um faz-tudo na medicina. Tudo por um simples motivo: queria trabalhar no interior e, lá, precisaria saber de tudo um pouco.
E o diagnóstico feito para a própria carreira estava correto.

Curando até o hospital
As religiosas que estavam à frente da gestão do São Pedro Canísio, em 1967, estavam com as malas na porta, prestes a irem embora. O hospital não atendia havia um ano. Tudo mudaria dias depois. Era necessário que alguém ousasse. E esse alguém, com ares de zorro lutando pelo povo, surgiu com salvador. Não tinha em mãos espada, mas instrumentos que poderiam salvar vidas. Enfim, viriam a salvar o próprio hospital.
Os filhos pequenos acompanhavam tudo de perto. Não havia dia ou hora. Nada poderia impedir o exercício da profissão, tendo, inclusive, trabalhado de graça por um bom tempo, para comprovar que Bom Princípio estava apto para ter vida independente. Chamado a participar da comissão emancipadora aceitou o desafio.
Viu a sua família crescer em meio a uma comunidade que respirava em alemão. Algumas palavras aprendeu no dialeto que por aqui se fala e, com ajuda das religiosas, da parteira Maria Mendel, dos taxistas, conseguia ir e vir, fazendo se entender.
Orgulhoso e caminho das oito décadas de vida, doutor Ruy, lembra da vila de então, dos amigos que já se foram, dos dias felizes que viveu e ainda vive na cidade que o acolheu. Quis o tempo que viesse a crescer como homem e médico em uma terra de bons princípios.
“Eram outros tempos. Muito difíceis. Onde atravessávamos taipas e potreiros para chegar aos pacientes”, relatou Ruy, narrando um sem número de histórias inusitadas que vivera ao lado de sua fiel e amada escudeira Helena Negri Fracasso.

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Bom Princípio

Festa do Moranguinho tem déficit de R$ 1,25 milhão

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A notícia dada pelo presidente da 21ª Festa Nacional do Moranguinho, Gerhard Afonso Ledur, na tribuna da Câmara de Vereadores na noite de segunda trouxe perplexidade a quem o assistia. “Infelizmente a Festa teve um custo muito alto para que a gente conseguisse atingir todos os nossos objetivos, e a gente conseguiu. Os objetivos que a gente traçou foram todos eles alcançados. Mas nós tivemos um custo de R$ 11.553.000 nesta festa, e entradas de R$ 10.303.000. Então a Festa do Moranguinho, em sua 21ª edição, teve um déficit de R$ 1.250.000”, pontuou de forma direta.
O presidente foi interpelado pelos vereadores que perguntaram sobre alguns custos específicos, o que segundo ele será detalhado. Em sua afirmativa anterior a divulgação dos números Gerhard falou de investimentos feitos em melhorias no parque, nas estruturas do Ginásio de Esportes, Morangão, Centro de Eventos, além de pintura de prédios como Posto de Saúde e prefeitura. Lembrou que a festa teve aporte de R$ 850 mil do município, mas dos quais R$ 350 mil eram para essas melhorias, contudo o valor investido foi muito superior. Afirmou ainda que o ingresso de recursos da Lei Rouanet, de incentivo à cultura, foi de R$ 770 mil (tendo sido a captação bem menor do que a possibilidade por conta da recessão do mercado). A Comissão Organizadora divulgará ainda hoje, terça, uma nota oficial a respeito.
No que diz respeito à estimativa de público de 265 mil pessoas, o maior já divulgado em festas do Moranguinho, Gerhard argumentou ter uma base de cálculo para tal por conta do espaço físico e movimentação de pessoas. Lembrou em sua fala que 65% dos presentes não pagou ingresso, sendo o intuito realizar uma festa em favor da comunidade.
Quando questionado sobre como será pago esse déficit financeiro, alegou estar em contato com a municipalidade, considerando que os valores investidos foram também em estruturas que ficam para o ente público.
Em suas falas, os vereadores enalteceram a importância da festa e lamentaram os números, contudo lembraram que a festa é patrimônio cultural imaterial de Bom Princípio.

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Bom Princípio

Amanda Winter reina na terra do Moranguinho

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Uma decoração que mesclava sobriedade e modernidade dava uma primeira impressão e tanto para quem chegava ao evento de escolha da nova corte da Festa Nacional do Moranguinho. E o público, de fato, não tinha visto quase nada ainda!

Uma criança que dormia na passarela, sendo o seu sonho com a primeira rainha da festa, Marisa Kaspary, dava indícios do que viria pela frente! E os sonhos da criança foram personificados em cada fala das candidatas que surgia maravilhosas na passarela. Eram 13 as postulantes ao título, mas eram apenas três coroas.

E, claro, cada torcedor tem na sua candidata como a sua rainha. Mas, na realidade, a definição é feita por jurados, por sinal de respeito. Muitos jornalistas de renome, misses e mister, empreendedores do mundo da moda, enfim, um baita corpo de jurados. E eles não tiveram vida fácil.

Antes mesmo do evento o presidente da festa, Gerhard Ledur, e o prefeito Vasco Brandt, davam uma palhinha do que viria pela frente. E tudo leva a crer que seja uma festa que engaje o público. Chamou muita atenção também foi ver ex-prefeitos juntos e também, aqueles que já partiram, bem representados, dando ideia de desenvolvimento contínuo em Bom Princípio.

Foram anunciados alguns dos shows da festa que ocorre em 2025, para o deleite do povo: DJ Sevenn, Papas na Língua, Traia Véia, Gustavo Miotto, Turma do Pagode, César Menotti & Fabiano e Ana Castela.

Mas o que mais curiosidade gerava era o nome da nova realeza. E as princesas Bruna Daiane Backes e Cauane Jéssica Klering foram chamadas pelo quinteto de jornalistas. Bruna, sempre comunicativa, parceria ter perdido as palavras. Cauane, mais emotiva, perdera as lágrimas e era apenas sorrisos.

Restava saber quem seria a rainha do Winterschneiss (como se chama Bom Princípio em alemão). E Picada dos Winter tem uma Winter como rainha. Amanda Rauber Winter, a caçula, com 22 anos, foi a escolhida. E de pronto agradeceu também no dialeto alemão, com um convite e um Dankeschöne, ou melhor, em dialeto, “Tanke xeen”.

E que venha a festa, nas três primeiras semanas de setembro, para que Bom Princípio a todos, carinhosamente, possa acolher!

 

Por: Alex Steffen

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Bom Princípio

Bom Princípio investe em educação

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A Prefeitura confirmou o repasse de R$ 85.704,00 para escolas da rede municipal. O valor será usado para materiais didáticos, manutenção dos prédios e despesas de custeio, garantindo mais qualidade no ensino e melhores condições para alunos e professores. 🏫✏️📚

👩‍🏫 “Valorizar a escola é investir no futuro das nossas crianças”, afirma a secretária Marcia Rhoden. Os recursos dão autonomia para que cada escola atenda suas necessidades de forma prática e eficiente.

📍 Sete escolas foram contempladas:

EMEF 12 de Maio – R$ 22.956,00

EMEF São José – R$ 15.304,00

EMEF São Marcos – R$ 12.244,00

EMEF José de Anchieta – R$ 12.244,00

EMEF Nossa Senhora da Piedade – R$ 7.652,00

EMEF Albino David Hartmann – R$ 7.652,00

EMEF São Luís – R$ 7.652,00

📌 O repasse segue a Lei Municipal 2.086/2014 e será feito em quatro parcelas, conforme número de alunos por escola.

Educação se faz com responsabilidade, parceria e investimento.

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