Qual é o verdadeiro sentido do Kerb? Diriam alguns que é a celebração do padroeiro contudo, de fato, não haveria sentido algum ficar apenas prostrado diante de um santo no altar. O Kerb é a celebração da vida do padroeiro e de todos que vivem nas terras por ele abençoadas. Desta forma, exagero algum dizer que Kerb é a arte dos encontros em uma vida de tantos desencontros.

No final de semana que passou, mais precisamente no dia 21, em tempos de Kerbfest, os formandos da turma de 1985 da Escola Estadual Leonardo Fritzen tiveram a oportunidade de se reencontrar. Nos tempos de formatura da 8ª série do primeiro grau, então gurias e guris com 13 e 14 anos, posavam para foto, com suas camisetas, bonés virados e grandes sorrisos estampados na face. Não poderiam traçar, naquela época, o futuro que teriam. Agora, passados 38 anos, se deu a oportunidade do reencontro. Alguns de perto, outros de bem mais longe, ali estavam com o mesmo sorriso largo.

Sobraram assuntos e risadas durante o encontro. “Tivemos a oportunidade de ver que mesmo após um longo período, todos sentiram uma emoção forte ao rever os colegas, e tivemos a satisfação de saber que todos estão bem, com saúde e muita disposição. O tema do dia foi de que antes éramos apenas jovens, e hoje, seguimos jovens e experientes”, brinca Evandro Schneider.

Vieram à tona lembranças nostálgicas, engraçadas e também com pitadas de saudade, em especial colega Edson Luis Stringuini e da professora conselheira Carmen Maria Kerber Kirch, que já estão na morada eterna.

Integravam a turma:

Dinara Margot Boeni, Rosângela Dalcin David, Evandro Luis Schneider, Fabiano Kunrath, Vera Regina Angst Schäfer, Dirce Fetter, Maria Helena Willrich Royer, Simone Seibert, Jair Ost, José Lauri Munchen, João Stockmanns, Juliana Schwade e Edson Luis Stringuini (em memória).

“Moro em Santos/SP e venho muito para São Vendelino, e esta foi a primeira vez que conseguimos nos reencontrar.
Foi um dia inesquecível!
Boas lembranças de tempos de escola e das peripécias que aprontávamos naquela época, quando se tinha tanta liberdade…
Lembramos de momentos e também de pessoas queridas que não estão mais aqui com a gente.
Todos trouxemos relatos de nossas vidas e o que fizemos para chegar até aqui. Penso que, assim como eu todos saímos desse encontro com muita, mas muuuuita alegria no coração e vontade de repetir a dose. Foi um feito, sem dúvida”, relatou Rosângela Dalcin David.

Assim como Rosângela expressou, visitando o Pequeno Paraíso e deixando de lado, por alguns momentos, a loucura de grandes centros habitacionais, outros o fizeram. A interação era tanta que até parceria que a turma tinha mantido a afinidade e cumplicidade de então.

“Esse momento, esse reencontro foi importante para relembrar os bons tempos de escola, rever verdadeiros amigos, pois a saudade se mantinha mesmo após muitos anos.
Como os anos de escola são os que mais marcam a vida das pessoas, conosco não foi diferente, sendo que ainda prevalece a amizade, apesar do tempo e da distância.
O reencontro era um desejo comum, e desde a criação do grupo no WhatsApp a empolgação era grande. Realmente, foi um encontro de grandes emoções, de alegria, recordações, carinho e saudosismo. Pois relembrar várias histórias e pessoas queridas que fizeram parte dessa caminhada mexe muito com nossas emoções.
Com certeza sentimos muita gratidão por cada momento na escola, por cada colega e profissional que fizeram parte das nossas vidas, pois somos resultado das experiências vividas. Encerramos o encontro com a certeza que outros irão acontecer”, pontou Dinara Margot Boeni.

E assim a vida vai passando, para alguns de maneira mais veloz, para outros muito bem aproveitada. Tal uma boa cerveja, que regou o encontro, cada gota da vida deve ser degustada e, claro, partilhada com quem se quer bem.