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Economia

Um dia voltado para as ovelhas

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A Emater/RS-Ascar de Salvador do Sul – em parceria com a Prefeitura, Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) – realizou na terça-feira, 27, no CTG Querência da Serra, o 1º Encontro Regional de Ovinocultura. Na ocasião, criadores de ovelhas, extensionistas e interessados pela área estiveram reunidos para palestras, trocas de experiências, levantamento de demandas para ações futuras relativas ao tema e atividades práticas.
O objetivo do evento, de acordo com o técnico agrícola da Emater/RS-Ascar, Edisson Antônio Merib, foi iniciar um trabalho com vistas a expandir a atividade, por meio da formação de um grupo que possa dar continuidade à criação de ovelhas na região. “Nos últimos anos tem havido um aumento do número de criadores de ovinos no Vale do Caí, com a consequente ampliação do interesse dos produtores em se qualificar, o que motiva a realização deste encontro”, ressalta. Em Salvador do Sul são 20 produtores e um rebanho de cerca de quatro mil ovelhas. Para o técnico há um forte potencial a ser desenvolvido localmente, já que a ovinocultura constitui-se de excelente alternativa de renda e de inclusão social e produtiva para os agricultores.
Na parte da manhã foi realizada palestra com o tema “Ovinocultura: uma importante alternativa”, ministrada pela assistente técnica regional da área de Produção Animal da Emater/RS-Ascar de Bagé, veterinária Elusa Santos de Andrade, que abordou as vantagens e a versatilidade da criação de ovelhas – que pode ser utilizada para a produção de carne, leite, lã e pele -, o planejamento de produção e os indicadores zootécnicos, entre outros. Também houve explanação sobre “Produção intensiva de cordeiros com ênfase no processamento de carne”, com o médico veterinário Felipe Vogt, que salientou as potencialidades e as alternativas para fortalecimento do setor, a partir de sua experiência.
À tarde foram realizadas demonstrações sobre pastagens para ovinos e práticas de tosquia, na propriedade dos produtores Nilson e Leonardo Vier, responsáveis pela Cabanha Vier. No local, os criadores mantém cerca de 100 animais da raça Texel, com o objetivo de comercializar ovinos puros por origem (PO) para produtores interessados em promover o melhoramento genético de seus rebanhos. “Essa raça é ideal para corte, com rendimento de 80% para carne e 20% para lã”, enfatiza. O produtor, que trabalha com ovinos há dez anos, fala com a propriedade de quem acumula premiações em concursos da Expointer. “É uma atividade que representa excelente alternativa para os produtores”, salienta.
De acordo com o assistente técnico regional em Sistema de Produção Animal da Emater/RS-Ascar, zootecnista João Sampaio, o que se tem observado na região é um crescimento de pequenos rebanhos ovinos para atender a demanda do consumo da carne. “Esses núcleos estão em pequenas propriedades, apresentando uma ou outra dificuldade para o seu desenvolvimento, até mesmo pela eventual falta de experiência para a realização da criação”, constata. Para Sampaio este fator tem trazido alguns problemas para os ovinocultores, especialmente de ordem sanitária. “Assim cabe a nós, enquanto Extensão Rural, contribuirmos para a qualificação do processo”, pondera.
O próximo encontro ocorre no dia 15 de dezembro, a partir das 14h, na sala do STR, quando será abordada a comercialização de carne de ovelha. A atividade contou com a participação de autoridades, entre elas a prefeita de Salvador do Sul, Carla Maria Specht e o gerente adjunto da Emater/RS-Ascar, Carlos Lagemann. Lagemann valorizou a ação local, o trabalho em parceria e a possibilidade de ampliar os conhecimentos a respeito do tema. “Claramente há potencial para que a atividade se desenvolva mais na região”, observou. O evento contou ainda com a participação de produtores do município de São Pedro da Serra.

 

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Barão tem o melhor índice de desenvolvimento social da região

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Eis que o pequeno município de Barão foi aquele que dentre todos do vale do Caí foi aquele que teve o melhor resultado do Índice de Desenvolvimento Social e Econômico (IDESE) no vale do Caí.

Enquanto Água Santa tem o melhor índice geral do Rio Grande do Sul, seguido de Carlos Barbosa, no vale do Caí o grande destaque no cômputo geral se dá para a realidade de Barão. Os números do IDESE, revisados em 2020, e publicados nesta semana, apresentam a realidade geral dos municípios do Estado. Para que seja de fácil compreensão, o IDESE é um cálculo feito tendo por base índices da Educação, da Renda e da Saúde, três setores que juntos representam o desenvolvimento social e, indiretamente, a qualidade de vida de cada município.

Se olharmos as tabelas teremos números entre 0 e 1, sendo que aquelas pontuações abaixo de 0.6 serão consideradas baixas. Entre 0.6 e 0.8 retrata o desenvolvimento médio. O que é o caso da ampla maioria dos municípios da região. E acima de 0.8 este seria o desenvolvimento nominado como alto ou de padrão primeiro mundo. Assim, no tópico saúde, todos os municípios têm um padrão elevado de desenvolvimento.

Observando item por item, perceberemos que Barão não lidera em nenhuma das categorias, todavia tem uma média boa em todos, sendo a melhor do Vale do Caí. No âmbito saúde, São Pedro da Serra tem a maior pontual, com 0.905, seguido de Barão e Bom Princípio, com 0.900. Quando o assunto é educação os melhores índices são de São Vendelino, Harmonia e Pareci Novo, todos com padrões elevados. No que tange à renda o melhor resultado é de Tupandi, sendo o único tido como elevado na região.

De acordo com o prefeito Jefferson Schuster Born, o Biriba, de Barão, estar em primeiro lugar no vale do Caí é motivo de alegria para os baronenses, todavia, nunca de acomodação. “Ter uma boa qualidade de vida é o que desejamos, mas podemos ir além disso. Ter padrões elevados em todos os setores, mas isso requer trabalho e comprometimento de todos”, frisou o prefeito que está agora em seu segundo ano de mandato.

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Economia

Criação de cordeiros dá visibilidade estadual a São Pedro e Salvador

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Quando a Cabanha Maria Cita iniciou suas atividades, o campo que antes tinha alguns pares de cordeiros, passou a ser povoado por ovinos que, assim, chamaram atenção de quem passava. Mal sabiam os moradores de São Pedro da Serra que o empreendimento seria tão importante que colocasse o município entre aqueles de maior número de animais criados no Estado.

Em 2018, São Pedro da Serra passou fazer parte do mapa gaúcho de criação de cordeiros, tendo 3,1 mil animais criadas na cabanha. Em 2019 esse número passou para 5,7 mil e o ano passado foi fechado com 8611 cordeiros criados no município.

“Hoje temos área de 40 hectares destinados a criação dos cordeiros. Dentro desta área temos o semiconfinamento, animais que ficam a campo e a noite dormem nos pavilhões”, destaca Felipe Vogt que é responsável pelo projeto nascido em 2013.

Veja os números detalhados na tabela abaixo.

No que diz respeito a abates, é Salvador do Sul que passou a figurar o cenário do Rio Grande do Sul. Com Susaf (assim como São Pedro da Serra) e Sisbi, Salvador do Sul está qualificado para fazer abates e promover a comercialização em nível nacional.

Em 2018 foram enviados para abate em Salvador do Sul 3,1 mil cordeiros, avançando para 5,3 mil em 2019 e, no ano passado, o abate foi de 7254 ovinos. De acordo com Felipe Vogt, da Celebra Alimentos, que é especializada em cortes de cordeiros, a ampla maioria dos abates são realizados no Frigorífico Specht, em Salvador do Sul, sendo a logística facilitada entre a cabanha Maria Cita, o abatedouro e a Celebra Alimentos, onde são feitos os cortes e embaladas as carnes.

É crescente no Brasil, em especial no Sul do país, o consumo de carne de cordeiros, o que dá ganho mercadológico às empresas do vale do Caí que se especializaram neste setor. A expansão, contudo, não se limita ao acaso, mas ao esforço e ao investimento feito. Hoje a Celebra é referência também em cortes especiais, tendo um mercado amplo a sua frente, aproveitando as redes sociais para divulgação dos seus produtos e possibilidades no universo gourmet. (acesse: https://www.facebook.com/celebragourmet e https://www.instagram.com/celebra.gourmet/)

Hoje a Celebra envia cortes especiais de cordeiro para diversos estados dentre os quais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Amazonas.

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São Vendelino é o município de melhor qualidade de vida do Brasil

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Em novo ranking criado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e que será divulgado na íntegra na próxima semana, já se conhece os primeiros dados e, pasmem, São Vendelino é o primeiro em todo o país no que diz respeito à qualidade de vida e igualdade social.

O Pequeno Paraíso, como São Vendelino é carinhosamente chamado por seus moradores, pontua a tabela que tem dados com base no senso do IBGE, sendo um dos cinco municípios gaúchos que estão entre os 10. Lá estão São Vendelino (1º), Westfália (2º), Dois Irmãos (6º), Tupandi (7º) e São José do Hortêncio (8º).

O índice leva em consideração questões como educação, renda e condições de moradia. O equilíbrio entre as classes sociais e a oportunidade de desenvolvimento para todos, fez com que São Vendelino ficasse em primeiro lugar em todo o Brasil. A equiparação de oportunidades é uma preocupação no pequeno município da encosta da Serra Gaúcha. “Buscamos equilibrar o equilíbrio da gestão municipal nos mais diferentes setores, construindo uma sociedade melhor para o trabalhador, o empreendedor, o agricultor, para idosos, crianças e adultos. Enfim, pensamos o município para todos. O índice é a comprovação de que estamos caminhando a passos firmes para o futuro”, destacou o prefeito Evandro Schneider.

A distribuição de renda é um fator que chama atenção em São Vendelino, bastando passar pelo município e perceber que não há classes muito baixas e nem muito elevadas. A grande maioria dos moradores de São Vendelino pode ser enquadrado como classe média, sendo formada por trabalhadores.

No que diz respeito à educação, o município também é bastante eficiente em suas ações. Na educação infantil, por exemplo, além de haver vagas para todas as crianças, houve ampliação da EMEI Estrelinhas do Recanto, neste ano, e há um projeto para outra sala, de modo que se tenha condições de atender a demanda por pelo menos uma década.

O índice completo, onde será possível verificar todas as cidades e suas respectivas colocações deve ser divulgado na próxima semana. Sabe-se também, que as três capitais do Sul do Brasil (Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre) são as primeiras no Ranking da Fiocruz dentre todos os grandes centros brasileiros.

Entre as 1000 primeiras do Ranking estão apenas três cidades do Norte do Brasil e uma do Nordeste, isso mostra a desigualdade em território nacional.

“Estar em primeiro lugar não significa que vencemos uma competição, mas que estamos evoluindo bem e que precisamos seguir fazendo um trabalho sério, voltado para todos, de modo que possamos nos aproximar aos índices de qualidade de vida que há em países europeus, por exemplo”, finaliza o prefeito Evandro Schneider.

Fato que chama atenção também é que os cinco gaúchos que estão entre os 10 primeiros são todos de colonização europeia, mais precisamente alemã, sendo uma tradição desde os tempos mais distantes o investimento educação e o empreendedorismo, o que faz com que haja equilíbrio econômico. As administração municipais responsáveis, somadas à vocação empreendedora, faz com que o trabalho frutifique em igualdade e qualidade de vida.

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